Crise no Sistema Penitenciário Estadual
PORTO VELHO RO - A nova crise instaurada no sistema prisional de Rondônia, com o fim do diálogo entre o Estado e o Sindicato dos Agentes Penitenciários e de Segurança Socioeducativo (Singeperon), que vinha sendo mediado pelo Tribunal de Justiça de Rondônia, deixa a população em alerta, com a possibilidade de um novo movimento de paralisação dos servidores que atuam nos presídios.
O início de 2019 foi marcado por fugas em massa. Foram 56 em apenas 3 meses, entre março e abril, totalizando, ao menos, 100 fugas até esse mês de julho. A maior registrada ocorreu na noite do dia 31 de março, quando 28 apenados fugiram do Presídio Ênio Pinheiro, em Porto Velho, durante a intervenção militar (quando os policias estavam permanentes nos presídio, após o movimento grevista dos agentes).
Uma nova greve num sistema prisional que já é vulnerável com o número insuficiente de servidores e com suas estruturas precárias, que, inclusive, foi relatado pela Federação Nacional dos Servidores Penitenciária (Fenaspen) como sendo “um barril de pólvora preste a explodir”, é uma preocupação para a presidente do Singeperon, Daihane Gomes, que na sexta-feira (26/07) buscou mais uma vez o diálogo com o governo.
Daihane se reuniu com o secretário-chefe da Casa Civil, José Gonçalves Junior - que está no cargo há três meses -, quando o atualizou sobre as realidades do agente penitenciário em Rondônia, que hoje serve ao Estado com um futuro incerto, já que, ao se aposentar, perderá até 50% da sua remuneração líquida, com a retirada de adicionais previstos em lei. Perda que também ocorre quando sai de licença médica.
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